Acompanhamento Fonoaudiológico de Bebês com Fissura Labiopalatina: do nascimento aos 2 anos de idade.

A população do Espírito Santo abrange quase 4 milhões de habitantes. Sabe-se que a fissura labiopalatina é uma malformação craniofacial que afeta 1:650 nascidos vivos, tendo implicações na qualidade de vida, pois afeta as funções de sucção, deglutição e fala e, ainda pode interferir na audição. Neste Estado, não há Centro especializado para o tratamento desses casos. A falta de informação correta a pais e cuidadores favorece desnutrição, otites recorrentes levando a perdas auditivas, atraso de linguagem e distúrbios articulatórios. Por isso, o acompanhamento fonoaudiológico desde o nascimento, ou ainda, na gestação, pode possibilitar maior segurança à família, melhor desenvolvimento global, de linguagem e fala, observados nos primeiros anos de vida. OBJETIVO: este projeto visa a realização de assistência ao paciente com fissura labiopalatina em todos os níveis de atenção à saúde desde a prevenção/promoção até a reabilitação/ tratamento das alterações ligadas a essa malformação, possibilitando o acesso a um serviço especializado, que priorizará a qualidade de vida. Os objetivos específicos são: fornecer informações à população em geral e profissionais da área da Saúde quanto à fissura labiopalatina; orientar gestantes e puérperas quanto aos cuidados iniciais com o bebê que apresenta fissura labiopalatina; orientar pais e cuidadores quanto às alterações relacionadas à Fonoaudiologia e como minimizar os prejuízos decorrentes dessas; acompanhar o desenvolvimento da audição, linguagem e fala desses bebês até os 2 anos de idade.

Esse projeto envolverá a participação de professores do curso de Fonoaudiologia, das áreas de Motricidade Orofacial, Audiologia e Linguagem e alunos voluntários. Serão confeccionados folderes para distribuição em UBS, tanto para profissionais quanto para a população em geral, oferecendo informações sobre as alterações fonoaudiológicas relacionadas à fissura labiopalatina e principais cuidados. Também serão realizadas orientações a puérperas, pais e cuidadores, oferecidas na Maternidade da HUCAM e ambulatório, posteriormente à alta. Os casos serão agendados para retorno, e assim, acompanhados até 2 anos de vida, sendo submetidos a avaliações e orientações periódicas de linguagem, fala e audição e, por fim, direcionados à reabilitação necessária a cada caso e encaminhamentos realizados para um trabalho interdisciplinar.

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